Euro2016: Fernando Santos: “Vamos disputar a final e vamos jogar para ganhá-la, porque as finais não se jogam ganham-se”
Fernando Santos conta que há dois anos, no particular com a França em Saint Denis, definiu com os jogadores que dia 10 de junho de 2016 voltaria aquele estádio para a final do Euro. Objetivo cumprido.
Meta cumprida, nova meta definida. Fernando Santos volta mesmo de Paris só no dia 11, como prometeu aos portugueses e como definiu com os jogadores há dois anos; resta saber o que acontece em Saint Denis na noite de domingo, mas sobre isso a confiança do selecionador mantém-se em alta. “O propósito de estar em Saint Denis está conseguido Graças a Deus. Agora vamos disputar a final e vamos jogar para ganhá-la, porque as finais não se jogam ganham-se”, foi a frase chave do engenheiro da segunda final da história de Portugal nos primeiros comentários da vitória sobre Gales.
Santos contou depois que exatamente há dois anos, no jogo particular entre Portugal e França no grande estádio de Paris (11 de outubro de 2014), definiu o objetivo que agora acaba de cumprir. “Jogámos em Saint Dennis e traçámos um propósito na palestra, um compromisso, o de que dia 10 de julho de 2016 voltaríamos a Saint Denis. Sabíamos que era difícil, mas mantivemos o mesmo espírito, o de que jornada a jornada, íamos chegar lá”. E chegaram. Como? O selecionador explica: “Os jogadores corresponderam ao apelo, quer na fase de apuramento quer agora, com grande vontade, determinação e muita humildade. Os que estão aqui, e os que não estão mas ajudaram noutras fases. E assim lá estaremos”.
O segredo? Santos também o conta. “Sempre disse isto: acho que dificilmente alguém ganha a Portugal, mas também digo que não somos os melhores do mundo. E quando ninguém nos ganha, nós podemos ganhar. Assim foi”. Agora é tempo de festa, mas comedida (diz ele, falando por si): “Não fico muito eufórico com as coisas, mas também não sou nada triste”. Mesmo assim o selecionador revela uma certa mágoa: “Houve uma fase em que tinha mais mensagens gregas que portuguesas”, mas “isso é normal”, desvaloriza, “nunca é fácil ter o país todo connosco”. Por isso agradeceu a todos no fim: “É um prazer dar esta alegria a todos os portugueses e a todos os que nos apoiaram, como os meus amigos gregos”.
O que importa, diz o selecionador, é ter tido sempre a equipa consigo. Esse foi outro segredo: “Tenho o grupo há muito tempo, por isso o resto não importa muito. Sei como são, o que querem, quais são os seus momentos. Conheço-os bem e eles conhecem-me bem a mim, sabem como funciono. Essa tem sido a arama do sucesso”.
E agora, até domingo? “Já tenho uma final, mas agora falta esse jogo e há muito para trabalhar”. Porque agora é “diferente”: “É a minha bandeira, a minha pátria, o meu país”. Por isso tudo fará para ser diferente da outra final portuguesa, a de há 12 anos com a Grécia: “Nesse jogo estava a comentar o jogo numa rádio, 16 dos jogadores tinham jogado comigo [no FC Porto e na Grécia], éramos favoritos e não ganhámos. Agora não seremos, espero que ganhemos. Vamos acreditar nisso. Vamos ganhar!”
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